O ESPÍRITO É QUE DÁ VIDA
Estamos concluindo hoje, o longo Sermão da Montanha, o Capítulo sexto do Evangelho de João. Iniciamos a leitura deste capítulo, no primeiro domingo do mês de agosto: mês vocacional. Estamos no quarto domingo de agosto que é dedicado à vocação do leigo e Dia Nacional do Catequista. O Tema é o seguimento: “a quem iremos?”
O caminho do seguimento do Evangelho e de Jesus requerem que nos entreguemos de maneira incondicional: para o amor, para o perdão, para a reconciliação e para as obras de misericórdia. A quem iremos? Somente Ele tem Palavra de vida eterna. Eu creio Senhor, mas aumentai a minha Fé.
Pedro pergunta e responde: “para quem iremos Senhor? Tu tens Palavras de Vida Eterna. Tu és o Santo de Deus”. Esse diálogo entre Pedro e Jesus se baseia nas palavras difíceis de serem compreendidas, ditas por Jesus anteriormente: “Eu sou o Pão da Vida”. É a grande crise que os apóstolos enfrentaram ao deixarem a Galiléia para seguirem Jesus em seu ministério profético na Judeia. Aceitar que Jesus é o “pão da vida” é uma realidade muito difícil para os seus seguidores, os apóstolos.
Seguir alguém que se diz: “Eu sou o Pão da vida eterna e quem comer deste Pão viverá para sempre”. Os discípulos conheciam a procedência de Jesus, ou seja, sua família, e, no entanto, deveriam acreditar mais do que em suas palavras, mas na sua Pessoa, que se diz que é o Messias. Por isso dizem: “Senhor, estas palavras são duras, como podemos escutá-las”. São momentos de dúvidas e de crise de fé.
Jesus dá a resposta: “o Espírito é que dá vida, a carne não serve de nada”. O Espírito é vida. Quando confrontamos as Bem-aventuranças, o sermão da montanha, ou o mandamento do amor com os critérios pessoais encontramos as respostas que necessitamos para as nossas crises de fé.
Na vida de todo crente existem momentos em que surgem situações, ou perguntas, semelhantes às do Evangelho ou dos apóstolos: “A quem iremos?”. Que Deus seguimos? Continuamos com Jesus, o Mestre, ou vamos voltar para a nossa lida diária? Vamos à Missa ou vamos para os nossos afazeres cotidianos e para lugares mais interessantes? A vida e o mundo nos oferecem tantos atrativos e possibilidades que é difícil deixar tudo para seguir Jesus.
São muitas as possibilidades de seguir e servir a Jesus. Certamente seguir a Jesus como catequista é uma forma de evangelizar. Jesus ao se despedir na volta à Casa do Pai pede: “Ide anunciar tudo o que eu ensinei e terão a vida eterna”. O Catequista certamente e os pais são os primeiros responsáveis pela nossa Fé. Deus abençoe nossos catequistas porque são nossos primeiros missionários. Hoje celebramos essa Missão: SER CATEQUISTA, vocação do cristão leigo.
Frei Sergio Pagan
