Reflexão do Evangelho

A ORIGEM DO PECADO

É o pecado original ou das origens que levou o homem ao orgulho e à vaidade na busca de grandeza para ser igual ao Criador, esquecendo a sua origem de criatura. Foi o homem que rompeu o equilíbrio, a harmonia e o diálogo desejado inicialmente pelo Criador.

O terceiro capítulo do Livro Bíblico do Gênesis nos relata a queda de nossos pais: Adão e Eva, o pecado das origens ou popularmente chamado de “pecado original”. Como em toda a Bíblia, também aqui se verifica, que Deus na Escritura Sagrada falou por meio dos homens e à maneira humana. Do pecado das origens derivam todos os males, os sofrimentos, as dores, até o medo da própria morte: “não somos mais do que seres mortais”.

Contudo, no meio do panorama sombrio que a sentença desenha, brilha um raio de luz: o amor incondicional de Deus através de seu Filho Jesus. Cristo é o novo Adão e Maria a nova Eva. Se a origem do mal moral e do pecado é a desobediência do homem a Deus, Cristo vence esse mal e esse pecado original pela obediência ao Pai na paixão, morte e ressurreição: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”.

Em cada pecado pessoal e social ecoa e é ratificado o pecado das origens. O pecado de Adão e Eva está mais próximo do que podemos pensar. Está dentro de cada um. É a luta diária do bem contra o mal, como descreve Paulo Apóstolo em sua Carta aos Romanos: “Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero”.

O que significa estar com Cristo? Jesus nos responde hoje através do Evangelista Marcos: “Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe”. Mas não basta escutar, é necessário ensinar e viver a Palavra do Senhor. Alguns escutam e até ensinam a Palavra, mas não a praticam, são os fariseus de hoje ou do tempo de Jesus. Jesus recomendava aos apóstolos: ouçam e pratiquem o que os Mestres ensinam, mas não pratiquem o que eles fazem.

O nosso pecado está em conhecer o certo, mas viver de maneira errada a verdade que conhecemos. Porque não se peca por ignorância ou desconhecimento do que é certo, mas se peca por vaidade, orgulho, maldade interior, por se deixar levar pelo prazer, poder, egoísmo e busca de ser o que não é: ser filho do pecado. Porque somos filhos do Amor de Deus por misericórdia divina.

Estamos no 10º dia da TREZENA DE SANTO ANTÔNIO e temos como tema de hoje: FRATERNIDADE NAS ETAPAS DA VIDA. Quem são os meus irmãos? São aqueles que estão ao meu lado, não apenas por palavras, mas também nas atitudes: trabalhando, colaborando, participando da Festa de Santo Antônio. Ser igreja é estar presente e participar da Comunidade.


Frei Sergio Pagan

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