Reflexão do Evangelho

DAR FRUTO É ACREDITAR E AMAR

A palavra deste domingo, como simbolismo da videira, fala da comunhão de vida com Cristo e com os irmãos por meio da fé e do amor. Cristo é a videira e nós somos os ramos (Evangelho João 15,1). Para produzir frutos em abundância devemos estarmos unidos no amor a Cristo e aos irmãos, segundo a Carta de João 3, 18. É fundamental crer e amar para produzir frutos.

Somos agraciados, neste domingo, com o Evangelho e a segunda leitura do Apóstolo João. No Evangelho, João coloca Cristo como sendo o tronco da videira e nós somos os ramos. Quem estiver unido ao tronco recebe a seiva e produz muitos frutos. Mas, para produzir, os ramos devem ser continuamente podados. A poda acontece com as dores, doenças, sacrifícios, jejuns e todas as contrariedades da vida, sendo vividas com fé.

No meio de nossos trabalhos e atividades, às vezes esgotantes, temos que parar e refletir sobre as palavras de Cristo: “sem mim nada podeis fazer”. Porque Ele é a seiva, a graça que nos fortalece na caminhada. Ele dá sentido à vida e transforma a dura realidade em bênçãos. Ele nos dá esperança na jornada, após a poda da dor e do sofrimento pelos frutos e graças. O que nos fortalece é estarmos unidos ao tronco, em comunhão de fé e recebendo a seiva do amor.

Em suma, o que é frutificar evangelicamente, senão acreditar em Jesus Cristo e amar os irmãos? Há que unir a fé e as obras, como se fundem, na Eucaristia, fruto da videira e do trabalho do homem. Por isso São João afirma: “não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e em verdade”. Síntese feliz em que a fé e o amor se interligam, são fecundos, pela oração e ação pelos irmãos. Receber a seiva pela oração e produzir os frutos pela ação da caridade aos irmãos.

E a nível individual precisamos, também, de uma poda de conversão. Temos lenha seca que nada produz, falta a seiva jovem e vida nova de espírito. Temos que podar a contabilidade mesquinha e burocrática com Deus, a falsa esperança em nós mesmos. Muitas vezes nos achamos perfeitos e que não precisamos do tronco, que é Cristo. A seiva dos sacramentos e da caridade fraterna nos mantém unidos ao tronco do amor, que é Cristo e nos tornam filhos de Deus.

Somos tua vinha, Senhor, e precisamos da seiva do amor. Pedimos que nos fortaleça na hora da poda do sofrimento e da dor. Queremos produzir muitos frutos de amor.

Frei Sergio Pagan

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email
Share on print