A oração do Pai-Nosso, surge quando Jesus orava e um discípulo pede: “Senhor, ensina-nos a rezar”. A resposta de Jesus foi o Pai-Nosso! Uma oração sublime e profunda. É uma oração pessoal e comunitária. É a única oração que Jesus ensinou pessoalmente. O seu tema central é a chegada do reino de Deus. A oração do Pai-Nosso é um compêndio do Evangelho, contém a mensagem mais sagrada na vida do cristão.
Encontramos Jesus orando muitas vezes: em lugares desertos ou nas sinagogas; nas montanhas, como no Monte Tabor ou junto ao Mar de Tiberíades. Em momentos de aflição, como no Monte das Oliveiras, ou em momentos de alegria, como nas Bodas de Caná.
O Pai-Nosso é composto de sete petições, divididas em duas partes: A primeira é de louvor, com três petições: santificação do seu nome, vinda do seu reino e cumprimento de sua vontade. A segunda parte do Pai-Nosso, as demais quatro petições para nós: o pão nosso de cada dia, o perdão das nossas ofensas, a vitória sobre a tentação e a libertação do mal.
Após ensinar a oração do Pai-Nosso, Jesus acentua a necessidade de a oração ser perseverante. Finalmente Jesus fala da importância e da necessidade da oração.
A palavra oração significa a ação, ou seja, a atitude de orar. Orar através de atitudes, gestos e ações. Não existe oração sem ação.
“Pedi e recebereis, procurai e encontrareis”, orar com perseverança e fé. Acreditar no que pede. Saber pedir. Se não recebermos o que pedimos, dizia Santo Agostinho, porque não sabemos pedir ou porque pedimos o que não necessitamos ou não merecemos segundo a vontade de Deus. Pedimos as coisas do mundo, quando Deus nos oferece o que é do céu. Enquanto buscamos os bens materiais, o Pai nos oferece os bens espirituais: como o perdão, a paz interior, a alegria de viver, a misericórdia, a paz de espírito e a salvação eterna.
Orar é colocar-se nas mãos de Deus e dizer como Francisco de Assis: “Senhor, fazei de mim instrumento de tua paz”, do teu amor, do teu perdão, da unidade, da alegria de ser filho, de ser irmão e ter um Pai que é Nosso, que sabe partilhar, porque todos são seus filhos.
Frei Sergio Pagan